Endometriose: entenda a doença que afeta as mulheres com a Dra. Tiana Freire no podcast A Voz do Médico

Data de publicação: 11/04/2024

Endometriose: entenda a doença que afeta as mulheres com a Dra. Tiana Freire no podcast A Voz do Médico

 

Na 34ª edição do Podcast A Voz do Médico, promovido pelo Sindicato dos Médicos do Estado de Sergipe (Sindimed), a ginecologista Dra. Tiana Nascimento Freire foi convidada para discutir um tema de relevância para a saúde feminina: a endometriose. Essa condição, que afeta significativamente as mulheres, é caracterizada pelo crescimento anormal do endométrio, o tecido interno do útero, para além dele, envolvendo também trompas uterinas, intestino, bexiga e outros órgãos.

Durante a conversa com os apresentadores do programa, Dr. Helton Monteiro e Dr. Argemiro Macedo, a especialista disse que os sintomas da endometriose incluem sangramentos menstruais irregulares e o aumento das cólicas menstruais, que podem ser encaradas como parte natural da doença.

Dra. Tiana destacou que essas cólicas podem limitar as atividades diárias das mulheres e tendem a se intensificar ao longo da vida.

Segundo a especialista, o equilíbrio dos processos inflamatórios no organismo é essencial para minimizar o desconforto associado à endometriose.

“Normalmente se a mulher mantém o equilíbrio dos seus processos inflamatórios no seu organismo, ela não sente cólica.  Partindo do ponto que existem gatilhos inflamatórios nessa mulher, passa a ter cólica menstrual no período do ciclo”, explica.

Hábitos saudáveis

Dra. Tiana ressaltou que mulheres com hábitos de vida saudáveis, como uma dieta balanceada e a prática regular de atividade física, tendem a apresentar menos sintomas, enquanto aquelas com processos inflamatórios crônicos podem apresentar cólicas mais intensas.

“As mulheres que evitam alimentação rica em açúcares, alimentos processados e fazem uma atividade física regular, que têm uma vida equilibrada, tendem a apresentar menos condições de cólicas. Já as mulheres que têm processos inflamatórios crônicos, sentem mais cólicas. Mulheres que têm fibromialgia e sentem enxaqueca, geralmente têm gatilhos inflamatórios”, afirma.

Influência

A endometriose, segundo Dra. Tiana, é influenciada por dois pilares principais: o inflamatório e o estrogênico. Quanto mais tempo a mulher estiver exposta ao estrogênio, maior será o estímulo para o desenvolvimento da doença.

Dra. Tiana observou que adolescentes com cólicas menstruais graves têm maior probabilidade de desenvolver endometriose, e muitas vezes o diagnóstico é feito retrospectivamente, isto é, após anos de sintomas.

Diagnóstico

O diagnóstico da endometriose, conforme a especialista, é realizado por meio de exames como ultrassom transvaginal e ressonância magnética, sendo este último considerado padrão ouro. No entanto, a Dra. Tiana enfatizou que o grau de lesão nem sempre está diretamente relacionado à intensidade da dor.

“Além das cólicas que aumentam de intensidade ao longo dos ciclos, dor pélvica crônica – independentemente do ciclo menstrual – aumento do sangramento menstrual, dor na relação sexual, que é muito comum, e, no período menstrual, apresentar sangramento nas fezes”, pontua.

Tratamento

Embora a endometriose não tenha cura, é possível controlar os sintomas por meio de tratamento.

A Dra. Tiana recomendou que as mulheres busquem orientação médica ao apresentar sintomas e adotem medidas como o consumo de alimentos ricos em ômega 3, coenzimas e o controle do estrogênio.

Ela também destacou que mulheres com endometriose ainda têm chances de engravidar, desde que a doença seja tratada adequadamente.

Para mais detalhes sobre a participação da Dra. Tiana, o Podcast na íntegra está disponível no canal do Sindimed no YouTube.