NOTA CONTRA A DESASSISTÊNCIA A SAÚDE DA POPULAÇÃO BRASILEIRA

Data de publicação: 29/12/2016

O Sindicato dos Médicos do Estado de Sergipe - SINDIMED- vem a público repudiar a decisão do Ministério da Saúde em reduzir o número mínimo de médicos das UPAs de 4 para 2 por dia, assim como de diminuir a oferta de exames diagnósticos nas UPAs. A justificativa dessa decisão do Ministério da Saúde ratifica o que vem se percebendo na administração dos serviços de saúde ofertados a população:

1) Os serviços cada vez mais não vem tendo condições de efetuar diagnósticos e tratamento para a população sendo muitas vezes apenas um posto básico de saúde aberto durante 24 horas;
2) Os governantes e prefeitos já não querem contratar médicos suficientes para a demanda e necessidade da população e com isso vão contratar apenas 1 médico por plantão de 12h (2 ao dia) alegando estarem cumprindo o determinado pelo Ministério da Saúde, acarretando assim desassistencia extrema para a população.
3) Existem centenas de UPAs fechadas por má administração dos recursos públicos, não cumprimento de requisitos legais de implantação dos servicos e deficit nos recursos da saúde, e, ao invés de melhorar o Ministério da Saúde vem revogar e diminuir pré requisitos mínimos para os serviços de saúde.
4) Fica evidenciado a não priorização na melhoria da assistência assim como a redução dos gastos com a saúde da população.
5) A população já sofre com o deficit de médicos nas UPAs, imagine agora que os gestores poderão reduzir serviços e terão como argumento uma legislação do Ministério da Saúde que vem para reduzir gastos e piorar serviços.
6) Ao invés do gestor ser punido por não ofertar serviços a população conforme a legislação em vigor, o Ministério da Saúde adequou a legislação para os mal administradores da saúde!

Por fim, o Ministério da Saúde está querendo ‘precarizar’ ainda mais o que já está precário, estabelecendo redução de custos, trazendo risco de vida à população.

Esperamos que no nosso Estado isso não venha a vigorar, pois o sindicato continuará lutando contra a precarização das condições de trabalho assim como pela ampliação das ofertas de serviços.