*NOTA DE ESCLARECIMENTO SOBRE A TENDA DO HUSE E A GREVE DOS MÉDICOS DE ARACAJU*

Data de publicação: 26/10/2016

Estão usando parcialmente minhas declarações.

O que eu disse nas várias entrevistas que dei nas rádios, televisão e mídias escritas:
1. Superlotação já existia no HUSE, sim, antes da greve.
2. Agravamento da superlotação do HUSE por causa da greve, sim.
3. Uso do movimento grevista dos trabalhadores de Aracaju por não ter seu direito básico garantido(salário) por parte do governo do Estado e da Prefeitura para as suas disputas politicas, sim. Pois o governo estadual também não paga em dia os salários e nós não puxamos uma greve forte como em Aracaju pois temos o princípio(responsabilidade) de não fazer greves em rede de urgência e hospitais. Apenas fazer paralisações pontuais. Tanto que em Aracaju não reduzimos o número de médicos nas duas UPAS.
4. Deficit de condições de atendimento no HUSE, sim.
5. Maior demanda provocada pela deficiência na rede hospitalar do interior sob a gestão do governo estadual que não tem serviços completos oferecidos a população assim como tem escalas incompletas não ofertando serviços 7 dias por semana, 24 por dia. O que faz a população se dirigir a capital.
6. Caos também nas prefeituras dos interiores por improbidades que também tem sua atenção básica, via de regra, sem prestar assistência fazendo com que a população procure a capital.
7. A tenda pode ser bem vinda, mas o principal é garantir a assistência médica hospitalar no interior(responsabilidade do governo do estado) e da atenção básica no interior (prefeitos do interior) para minimizar a superlotação rotineira no HUSE.
8. As UPAS de Aracaju por si só também já são deficitárias conforme denúncias de deficit nas escalas médicas, deficit de condições de trabalho, assim como também de pacientes oriundos do interior. 
9. Não houve redução da escala médica nas UPAS durante a greve.
10. Toda greve na saúde sempre trará reflexos para outros serviços por isso que digo que os principais atores prejudicados são a população que fica sem assistência e os trabalhadores que ficam sem os salários e com suas dívidas familiares e pessoais acumuladas.
11. Em nenhum momento defendi lado A ou lado B confirmando declarações polêmicas de assessores políticos mas sim explanei sobre os fatos conforme elencados anteriormente.
12. Por fim seria interessante que a prefeitura de Aracaju, o Estado e os outros municípios pagassem os salários sem atraso pois não haveria greves assim como o Estado colocasse a rede hospitalar do interior para funcionar todos os serviços previstos 7 dias por semana, 24 horas por dia, assim como as prefeituras do interior e de Aracaju colocassem a atenção básica e a especializada para funcionarem que nada disso aconteceria. Mas fica mais fácil para os dois lados colocarem a culpa na greve dos trabalhadores e usarem isso politicamente.
13. Por isso que estamos cobrando dos órgãos fiscalizadores (TCE, MPE e JUDICIÁRIO) pois cremos que nesses órgãos as decisões políticas devem inexistir para que se traga a ordem(conforme a lei e suas punições) nas administrações públicas visando evitar maiores transtornos futuros.
14. Não deixaremos de defender a garantia da preservação dos direitos conquistados pelos trabalhadores.

João Augusto Alves de Oliveira
Presidente do Sindicato dos Médicos do Estado de Sergipe