A direção da Federação Médica Brasileira (FMB) se reuniu nessa quarta-feira, 28, com o senador Rogério Carvalho (PT-SE), relator do Projeto de Lei 1.466/2025, aprovado no mesmo dia pelo Plenário do Senado. A proposta estabelece reajustes salariais e reestruturações para diversas carreiras do Executivo federal. No entanto, médicos, veterinários e professores federais, que não foram contemplados com o mesmo índice de reajuste de outras categorias, seguem em luta por justiça e equidade.
O encontro, em caráter de urgência, realizado em Brasília, contou com a presença do presidente da FMB, Dr. Fernando Mendonça, e dos diretores Dr. Waldir Araújo Cardoso, Dr. Paulo Tomé de Lima Bronze e Dr. José Helton Silva Monteiro — que também preside o Sindicato dos Médicos do Estado de Sergipe (Sindimed), além de Dr. Brunno Goes, diretor da entidade sindical sergipana.
Durante a reunião, os dirigentes reivindicaram do congressista o cumprimento do acordo coletivo firmado no ano passado com o governo federal, o qual, segundo a FMB, não foi respeitado no caso das categorias médicas.
“O que presenciamos foi uma grande distorção. Diversas carreiras foram contempladas com reajustes mais robustos, mas os médicos, veterinários e professores federais ficaram com meros 4,5%. Isso é inaceitável”, criticou Dr. Helton. Para ele, a exclusão das categorias “reflete uma postura desrespeitosa” com os profissionais federais.
Ao transcorrer do encontro, Rogério Carvalho explicou aos dirigentes da FMB que o projeto precisava ser votado com urgência para não “caducar” ou perder a validade, já que o prazo de tramitação se encerraria em 2 de junho.
Conforme o relator, naquele momento não havia mais margem para alteração no texto aprovado, mas ele se comprometeu a intermediar a pauta e buscar as correções necessárias posteriormente, com o objetivo de garantir isonomia de tratamento às categorias médicas e veterinárias federais.
“O compromisso assumido com o senador é um passo importante, mas não podemos mais aceitar essa postura desigual por parte do governo. Exigimos o cumprimento integral dos acordos e o reconhecimento justo dos nossos profissionais”, disse o mandatário da FMB, Dr. Fernando, em tom pertinaz, complementando que a “luta pela valorização dos profissionais de saúde continua”.
Os dirigentes da FMB deixaram a reunião com o compromisso de articulação junto a outras entidades e parlamentares, para que, nos próximos projetos de lei que tratem da remuneração dos servidores federais, a distorção seja finalmente corrigida.
Por Joângelo Custódio, assessoria de Comunicação Sindimed.
