No último sábado, 15, a Maternidade Municipal Lourdes Nogueira, no bairro 17 de Março, foi novamente fiscalizada pelo Sindicato dos Médicos do Estado de Sergipe (Sindimed) e pelo Conselho Regional de Medicina (Cremese). Esta é a segunda vistoria em menos de dois meses – a primeira ocorreu em 17 de janeiro. No mesmo dia, a Maternidade Nossa Senhora de Lourdes também passou por inspeção.
Desta vez, a fiscalização focou na possível redução de leitos da Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (UTIN) e na persistência dos atrasos salariais dos médicos. Durante a vistoria, constatou-se que todos os leitos estavam ocupados, sem possibilidade de redução, dada a alta demanda e o número insuficiente de plantonistas.
Outro problema identificado foi o fechamento da sala de indução ao parto na Maternidade Lourdes Nogueira, utilizada para monitoramento de pacientes antes do parto. O motivo: falta de profissionais. Segundo o presidente do Cremese, Dr. Jilvan Pinto, essa situação compromete o fluxo e a dinâmica da unidade.
Para o vice-presidente do Sindimed, Dr. Argemiro Macedo, o cenário é preocupante. “Mesmo após diversas reuniões com gestores municipais e com a direção do Instituto Nacional de Tecnologia e Saúde (INTS), responsável pela administração da Maternidade Lourdes Nogueira, os profissionais continuam com salários atrasados desde dezembro de 2024. Além disso, há informações de que a diretoria cogita reduzir o número de médicos”, afirmou.
A mesma situação de atraso salarial foi verificada entre os médicos da Maternidade Nossa Senhora de Lourdes.
A fiscalização contou ainda com a participação do conselheiro do Cremese, Dr. Alexandre Pereira, coordenador da vistoria.
O Sindimed e o CRM seguem acompanhando os desdobramentos e cobram das autoridades a regularização imediata da situação, alertando para o impacto da crise na assistência materno-infantil da capital.
Por Mércia Oliva, da assessoria de comunicação do Sindimed