O Sindicato dos Médicos do Estado de Sergipe (Sindimed) e a Federação Médica Brasileira (FMB) estão em alerta e acompanham com preocupação a Medida Provisória (MP) 1286/24, publicada pelo governo federal em 31 de dezembro de 2024. A medida, que trata do reajuste salarial para 38 categorias de servidores públicos federais, incluindo os médicos da área de educação, trouxe um aumento de apenas 4,5% para os profissionais da medicina vinculados ao serviço público federal.
A decisão causou indignação entre os médicos, uma vez que afronta o acordo firmado durante a última greve geral dos servidores públicos federais, liderada pelos técnicos administrativos. Na ocasião, ficou acordado que o reajuste salarial seria de 9% para todas as categorias.
O presidente do Sindimed, Dr. Helton Monteiro, expressou sua insatisfação com a situação. “Essa medida é um desrespeito não apenas aos médicos federais, mas a todos os servidores que acreditaram na seriedade do governo ao assinar o acordo de greve. Não podemos aceitar que os médicos sejam tratados com desigualdade em relação às outras categorias, especialmente quando nossas responsabilidades e desafios aumentam a cada dia”, disse em tom crítico.
Dr. Helton reforçou que a postura do Sindimed é de enfrentamento diante da situação. “Junto à Federação Médica Brasileira, estamos mobilizando reuniões com representantes do governo federal e planejando ações nacionais para garantir que o acordo de greve seja respeitado. Este é um momento de união. Convido todos os médicos a se engajarem conosco nesta luta. Unidos, somos mais fortes”, reforçou.
A MP 1286/24, denominada “MP sobre Transformação do Estado Associada à Gestão de Pessoas”, também prevê mudanças relacionadas às carreiras e cargos públicos, o que acende ainda mais o alerta sobre possíveis prejuízos futuros para a categoria médica.
O Sindimed destaca que não se trata apenas de uma questão salarial, mas de respeito aos compromissos firmados e à valorização daqueles que atuam na formação de profissionais de saúde que estão na linha de frente do serviço público. A entidade já está organizando mobilizações e prometeu divulgar um cronograma de ações em breve.
Por Joangelo Custódio, assessoria de Comunicação Sindimed.