Na manhã desta terça-feira, 17, o presidente do Sindicato dos Médicos do Estado de Sergipe (Sindimed), Dr. Helton Monteiro, acompanhado pelo diretor, Dr. Brunno Góes, reuniram-se com o promotor de Justiça dos Direitos do Cidadão de Aracaju na área da Saúde, Dr. José Rony Silva Almeida, e com a conselheira do Tribunal de Contas do Estado (TCE), Dra. Maria Angélica Guimarães, para tratar de denúncias relacionadas aos atrasos salariais e contratações irregulares envolvendo médicos que atuam em prefeituras do interior do estado.
O encontro abordou a situação de municípios como Lagarto, Canindé de São Francisco, Gracco Cardoso, dentre outros municípios, nos quais os médicos enfrentam recorrentes atrasos no pagamento de seus vencimentos. O Sindimed também destacou sua posição contrária à contratação de médicos por meio de pessoas jurídicas (PJs), prática que considera irregular e prejudicial à categoria, defendendo, em contrapartida, a realização de concursos públicos para a garantia de vínculos empregatícios justos e estáveis.
Dr. Helton Monteiro lamentou profundamente que situações como essas se agravem no período pós-eleitoral, afetando diretamente os profissionais de saúde e, consequentemente, a qualidade do atendimento prestado à população. "É inadmissível que os médicos sejam submetidos a esse tipo de descaso, especialmente depois de terem dedicado meses de trabalho em condições adversas. O Sindimed não irá se calar diante dessas injustiças. Nossa missão é garantir que os direitos dos médicos sejam respeitados e que nenhum profissional continue sendo explorado ou prejudicado por atrasos salariais e contratações irregulares", afirmou o presidente.
Durante a reunião, Dr. Helton apresentou dados e relatos das denúncias, reforçando a necessidade de uma ação conjunta entre as instituições envolvidas. O Sindimed anunciou que adotará medidas legais para impedir que novos casos como esses ocorram em Sergipe.
Reações dos representantes
O promotor de Justiça Dr. José Rony Silva Almeida reconheceu a gravidade das denúncias e garantiu que o Ministério Público está atento a essas questões. Ele destacou a importância de fiscalizar os contratos de trabalho e a regularidade dos pagamentos, além de assegurar que as prefeituras cumpram com suas obrigações legais para com os profissionais de saúde.
Já a conselheira do TCE, Maria Angélica Guimarães, reforçou a necessidade de que os gestores municipais priorizem a regularidade financeira na contratação de médicos e outros profissionais da saúde. Segundo ela, o Tribunal de Contas intensificará a fiscalização sobre os contratos e prazos de pagamento, visando proteger os trabalhadores e evitar danos ao erário público.
A mobilização do sindicato é mais um passo na luta pela valorização e respeito aos profissionais de saúde, pilares essenciais para um sistema público eficiente e humanizado.