A direção do Sindicato dos Médicos do Estado de Sergipe (Sindimed) e representantes da Federação Médica Brasileira (FMB) participaram, na manhã desta terça-feira (26), de uma reunião no Senado Federal, em Brasília, para discutir o Projeto de Lei nº 1365/2022, que propõe a atualização do piso salarial de médicos e cirurgiões-dentistas no Brasil. O encontro contou com a presença do presidente do Sindimed, Dr. Helton Monteiro, e do diretor executivo, Dr. Brunno Góes, que se reuniram com os senadores Rogério Carvalho (PT-SE), Laércio Oliveira (PP-SE) e Alessandro Vieira (MDB-SE), além do deputado federal Thiago de Joaldo (PP-SE).
De autoria da senadora Daniella Ribeiro (PSD-PB), o projeto busca corrigir a defasagem histórica do piso salarial, instituído pela Lei nº 3.999/1961, propondo um valor-base de aproximadamente R$ 20 mil para 20 horas semanais de trabalho. A iniciativa também inclui melhorias nas condições de trabalho, como a revisão dos valores pagos por horas extras e adicional noturno, atendendo a demandas de longa data da classe médica.
Durante a reunião, os parlamentares se comprometeram a analisar o projeto e buscar articulação para sua aprovação.
O presidente do Sindimed, Dr. Helton Monteiro, destacou a relevância do projeto para a valorização dos profissionais e para o fortalecimento do sistema de saúde. "A Lei nº 3.999 está desatualizada há mais de 60 anos. Atualizar o piso salarial não é apenas uma questão de justiça, mas uma necessidade para evitar a desvalorização da profissão e assegurar um atendimento digno à sociedade".
Helton também reforçou a importância do alinhamento entre entidades médicas e parlamentares para viabilizar políticas públicas mais eficientes. "A aprovação deste projeto será um marco na luta pela dignidade e reconhecimento da classe médica, pilares fundamentais para a construção de um sistema de saúde mais justo e eficiente", concluiu.
A mobilização da diretoria do Sindimed e dos representantes da FMB continua em Brasília nesta quarta-feira, 27, contudo, a perspectiva é que a pauta seja discutida em plenário em 2025. "Estamos determinados a garantir que o trabalho médico receba o devido reconhecimento, tanto em termos de remuneração quanto de condições de trabalho, para atender melhor à população brasileira", finalizou Dr. Helton.
Por Joangelo Custódio, assessoria de comunicação Sindimed