O Sindicato dos Médicos do estado de Sergipe (Sindimed) marcou presença na Audiência Pública, organizada pelo Instituto de Advocacia de Sergipe (IASE) cujo tema da discussão foi ‘os meios de enfrentamento à violência obstétrica’. O evento aconteceu na tarde dessa terça-feira, 9, no auditório da Faculdade FANESE. O Sindimed foi representado por sua diretora Andreza Acioli.
O evento teve como objetivo conscientizar e mobilizar a opinião pública, a fim de difundir cada vez mais a importância do conceito de violência obstétrica, buscando soluções como o intuito de evitar esse tipo de violência cometido contra mulheres não se repita.
“Audiência foi importante devido ao aumento número de vítimas. No Brasil estima-se que 1 em cada 4 mulheres já sofreu violência obstétrica. Infelizmente muitas mulheres são vítimas dessa violência justamente no momento em que estão mais vulneráveis. Essa é uma situação que pode ser bem difícil de identificar, passando por desrespeito ao desejo da parturiente, xingamentos, execução de procedimentos sem o conhecimento ou autorização da paciente ou seu acompanhante”, colocou Andreza Acioli, informando que muitas vezes nem a lei federal nº 11.108/2005, - que garante a presença do acompanhante - é respeitada, existindo hospitais que continuam não permitindo a entrada e afirmam não ter condição de receber esse acompanhante.
Vale ressaltar que a violência obstétrica pode ser cometida por qualquer profissional envolvido no parto desde a recepção da maternidade até os profissionais de saúde. Na audiência surgiram encaminhamentos sobre o cumprimento das leis já existentes que garantem os direitos da gestante durante o pré-natal, trabalho de parto e pós-parto.
Como denunciar a violência obstétrica?
No próprio estabelecimento (hospital ou clínica); na Secretaria de Saúde; nos Conselhos de classe (CRM ou Coren); disque 180 ou 136 (disque saúde).