Podcast 'A Voz do Médico' conversa com Antônio Luiz sobre a V Conferência Estadual dos Direitos das Pessoas com Deficiência
Data de publicação: 02/04/2024
No episódio mais recente do podcast "A Voz do Médico", promovido pelo Sindicato dos Médicos do Estado de Sergipe (Sindimed), recebeu o presidente do Conselho da Pessoa com Deficiência e Altas Habilidades em Sergipe, Antônio Luiz dos Santos, que também é vice-presidente do Conselho Estadual de Saúde. Em pauta, a V Conferência Estadual dos Direitos das Pessoas com Deficiência (PCD), marcada para os dias 3 e 4 de abril no Prime Hotel, em Aracaju.
O evento representa um marco significativo para Sergipe, já que não ocorria há oito anos. Seu principal objetivo é direcionar as discussões para as dificuldades enfrentadas pelas PCD no Estado, visando à sua inclusão efetiva na sociedade e à implementação da Lei Brasileira de Inclusão (LBI).
Com a expectativa de reunir cerca de 300 participantes de todo o estado, sendo 212 delegados e os demais observadores, a conferência se concentrará na elaboração de propostas que serão levadas à Conferência Nacional, agendada para junho, em Brasília.
Para a edição deste ano, de acordo com Antônio Luiz, a proposta inicial era uma conferência com 80% de PCD e 20% de pessoas sem deficiência, mas isso não será possível, devido às dificuldades que a PCD enfrenta.
Durante o bate-papo com o presidente e o vice-presidente do Sindimed, Dr. Helton Monteiro e Dr. Argemiro Macedo, respectivamente, Antônio Luiz contextualizou a importância histórica das conferências, surgidas após a promulgação da Constituição Federal de 1988, como mecanismos de controle social da gestão.
Ele também destacou a relevância do momento atual, com o lançamento pelo Governo Federal do "Plano Viver Sem Limites", que destina recursos consideráveis, cerca de R$ 6 bilhões, para investimentos no segmento das PCD.
"Em Sergipe, a conferência tem o papel crucial de direcionar esses recursos para áreas fundamentais como saúde e educação", enfatizou Antônio Luiz.
Luiz criticou ainda a péssima qualidade do transporte público da capital, além da falta de acessibilidade nas ruas e calçadas.
“Eu, como cadeirante, não consigo nem ir nem vir. Transitar pelas ruas de Aracaju é impossível, com ruas cheias de buracos, as calçadas desniveladas, com os obstáculos que nos impedem. Assim acontece em todo Estado. É um transtorno! Esse será o papel da conferência: dar um norte para Sergipe, levar propostas de inclusão”, explicou.
Dr. Helton Monteiro elogiou a qualidade da entrevista e reafirmou o apoio do Sindicato à luta pela inclusão. "Estamos aqui para fortalecer essa causa e contribuir para a mudança de visão da sociedade. O Sindimed permanece à disposição do Conselho da Pessoa com Deficiência e Altas Habilidades em Sergipe, assim como do Conselho Estadual de Saúde", concluiu.
