Notícias02/02/2022

Aracaju pode dar um reajuste salarial aos servidores de 10%, conforme estudo apresentado pelo Dieese no Sindimed


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Aracaju pode dar um reajuste salarial aos servidores de 10%, conforme estudo apresentado pelo Dieese no Sindimed
 
Nesta terça-feira, 1 de fevereiro, o Dieese apresentou ao Sindicato dos Médicos do Estado de Sergipe (Sindimed) um estudo mostrando a possibilidade de reajuste salarial para corrigir a perda inflacionária dos servidores municipais não só de Aracaju, mas também de outras cidades a exemplo de Estância, Ribeirópolis, entre outras. De acordo com o economista do Dieese Luiz Moura em Aracaju, hoje existe uma perda salarial de 28% só no primeiro mandato do governo do prefeito Edvaldo Nogueira. O último reajuste salarial concebido para os servidores municipais de Aracaju foi no ano de 2016, no governo do então prefeito João Alves Filho.
 
Moura disse que existe possibilidade de reajuste de algumas cidades e em outras não. Mas para ele o que mais chama atenção é que tem cidades como Aracaju que está há quase seis anos com os salários dos servidores congelados, assim como o governo Estado com mais de 10 anos, que tem a possibilidade de reajuste, mas segundo ele, os governantes infelizmente não atendem e não conversam com os Sindicatos. “Ficam criando uma situação onde as perdas vão se avolumando e chegam a um ponto que fica difícil repor a totalidade destas”, disse o economista colocando como maior exemplo o município de Aracaju.
 
“O prefeito Edvaldo Nogueira não concede reajuste desde o seu primeiro mandato. Hoje existe uma perda nos salários acumulada na capital de 28% e o prefeito não dialoga com o sindicato no sentido de repor”. O dado divulgado pelo município a respeito da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) para chegar ao limite máximo, deveria dar um reajuste de 16%, o que na opinião de Moura, ajudaria ao servidor. “Não recuperaria todas as perdas; e, se fosse trabalhar com o limite prudencial, o reajuste chegaria em 10%. Entretanto tem município que está em uma situação pior, mas que o prefeito dialoga, concede reajuste”.
 
Dentre os municípios que o Sindimed solicitou, Moura esclarece que a situação mais grave é de Aracaju porque tem a possibilidade de reajuste, mas não concede. Além da capital também tem Estância, que possui uma margem de 5%. Nossa Senhora do Socorro não divulgou o terceiro quadrimestre, mas o prefeito vinha praticando uma política de reposição, Ribeirópolis e Rosário do Catete que estão numa situação mais complicada. “Vale ressaltar que o fato de estar acima da Lei de Responsabilidade Fiscal não significa que não possa reajustar o salário; o que não pode é conceder aumento de salário, mas repor a inflação não há nenhum impedimento”.
 
Ele ainda frisou que o governador Belivaldo ainda não concedeu aumento, mas que é viável. Ele fará estudo sobre a perda que os servidores do Estado tiveram nos últimos anos, assim como os servidores dos municípios de Itabaiana e Carmópolis, conforme solicitado pelo Sindimed.