Médico chama atenção para a prevenção da Pressão Arterial que assola mundialmente cerca de 20% da população adulta

Data de publicação: 17/05/2023

Médico chama atenção para a prevenção da Pressão Arterial que assola mundialmente cerca de 20% da população adulta
 
Dr. Willams Matos ressalta que a maneira mais eficaz da prevenção é reduzir os fatores que podem desencadear ou piorar os níveis de pressão alta
 
A Responsável pela principal causa de morte nas Américas, são as doenças cardiovasculares (DCV) e a Hipertensão Arterial (HA) ou pressão alta, é a causadora de mais de 50% das DCV. Revelaram os dados da Organização Pan Americana da Saúde (OPAS) e da Organização Mundial da Saúde (OMS), no ano de 2022.
Os dados também mostraram que mais de um quarto das mulheres adultas e quatro em cada dez homens adultos têm hipertensão no continente americano.
No Brasil, segundo os dados do Ministério da Saúde (MS), a hipertensão arterial mata 300 mil brasileiros anualmente, 820 mortes diárias, 30 por hora ou uma a cada 2 minutos. Cerca de 32% da população adulta brasileira, ou o equivalente a 36 milhões de indivíduos, são hipertensos.
Esses dados denunciam a importância necessária do cuidado que devemos ter com a saúde, evitando assim, maiores complicações da doença. Por isso, o dia 17 de maio é tido como o Dia Mundial da Prevenção e Tratamento da Hipertensão Arterial Sistêmica, para ar a população sobre os riscos desta doença, desde que a Lei de nº 10.439/2002, foi instituída. É necessário ficar atento às causas, prevenção e tratamento.
Em conversa com o médico cardiologista e filiado ao Sindicato dos Médicos do Estado de Sergipe (Sindimed), o doutor Willams de Matos Moraes chamou atenção para os profissionais da saúde arem aos seus pacientes para a prevenção, mas se não for possível, para o tratamento adequado do mal que assola mundialmente cerca de 20% da população adulta.
“É uma doença tida como crônica ou degenerativa. Crônica, porque na maioria das vezes não há cura e degenerativa, porque promove o envelhecimento muito rápido e precoce dos vasos sanguíneos e consequentemente dos órgãos que esses vasos irrigam, trazendo prejuízos, em especial à visão, ao cérebro, coração, rins e aos vasos periféricos. Desta forma é de suma importância, realizarmos a prevenção”.
O médico ressalta que a maneira mais eficaz da prevenção é reduzir os fatores que podem desencadear ou piorar os níveis de pressão arterial sistêmica.
“É bom lembrar que a hipertensão arterial significa elevação da pressão acima de 140 por 90 milímetros/mercúrio, para a população adulta acima dos 18 anos. Existe também uma tabela expressiva para as crianças, mas a população adulta é a que mais sofre na sua forma primária, ou seja, a hereditariedade, onde é transmitida dos pais para os filhos e representa 95% de todos os casos de hipertensão arterial na comunidade”, explica.
 
Fatores
 
Redução dos níveis de sal na alimentação: mais de 60% dos pacientes hipertensos são ‘sal sensível’, ou seja, têm uma elevação ou piora dos índices pressóricos quando ingere um nível excessivo de sal. Evitar alimentos industrializados (enlatados), condimentos; evitar o sobre peso (obesidade) que é outro fator que promove aumento da pressão, o cigarro e o álcool. Evitar alguns medicamentos em especial nas mulheres o anticoncepcional e praticar atividade física, que já está comprovado cientificamente promove redução dos índices pressóricos.
“A prevenção é de suma importância porque assim vamos evitar uma doença altamente agressiva, tida como ‘assassina silenciosa’ na maioria das vezes o indivíduo não sente absolutamente nada. O primeiro episódio já pode ser com agravamento dos sintomas da doença já avançada”, relata o médico.
 
Diagnóstico e Tratamento
 
Segundo o doutor Willams, a principal forma de diagnosticar a doença é aferição da pressão arterial, através de aparelhos adequados e recomendados pelas OMS e sociedades de Cardiologia, que podem ser os aneróides (método osculatório) ou os digitais. Também tem o monitoramento ambulatorial da Pressão Arterial (MAPA) de 24 horas. É recomendado que a pressão seja aferida pelo menos uma vez ao ano.
Uma vez com o diagnóstico fechado e quando as medidas dietéticas ( redução do sal, eliminar o sedentarismo, tabagismo, etilismo, etc) não surtirem efeitos satisfatórios, no tratamento, deve -se quando necessário fazer o uso de drogas, tidas como hipotensoras ou anti-hipertensivos, cuja indicação deve ser realizada por médicos tanto cardiologista como clínico geral.
O médico chama ainda à responsabilidade tanto do poder público quanto a sociedade na luta da prevenção e tratamento adequado da doença. “É de grande importância - inclusive do ponto de vista econômico porque os custos são altos – que a sociedade lute para prevenção e tratamento adequado da hipertensão arterial, que carece ainda de uma atenção maior do gestor público, bem como uma atenção por parte da população que necessita de mais esclarecimentos sobre a doença”.