As constantes reclamações em detrimento as condições de trabalho precárias nas Unidades de Pronto Atendimento (Zona Norte e Zona Sul), levaram os médicos da Prefeitura Municipal de Aracaju (PMA), a realizar na manhã desta terça-feira, dia 15, um ato público em frente ao Nestor Piva (Zona Norte). O intuito é cobrar do gestor municipal providências urgentes e chamar atenção da população que vive sendo prejudicada para fazer a sua parte neste processo, cobrar também da Prefeitura Municipal.
 Dentre as reclamações estão à falta de medicamentos, principalmente antibióticos, insumos e matérias básicos, a falta de retaguarda e a escala de médicos que continua incompleta. Pacientes que vieram do interior e da capital em busca de atendimento ortopédico voltaram da porta de entrada. Só terão atendimento no período da tarde, pois não tinha ortopedista.
Nem mesmo com a interdição ética sofrida no Carnaval, a situação das UPAS melhorou pelo contrário, na opinião dos médicos. De acordo com o presidente do Sindicato dos Médicos passado o carnaval foram colhidos novos dados e  constatada a realidade problemática. &ldquoEstamos chamando atenção da sociedade para a precarização está na saúde pública municipal ou seja, está faltando medicamentos tanto na atenção básica quanto na rede de urgência&rdquo, disse, salientando que os médicos e o Sindimed estavam na rede de urgência porque o mal imediato é ali.
&ldquoA população já vem com o problema agravado. Se ela não tiver este problema sanado, ela parte para um mal maior. Para evitar isto é que este Ato está sendo realizado e fazer a devida interrogação: Porque que  a Prefeitura de Aracaju está sucateando a Rede de Urgência é por ingerência administrativa ou proposital para que sejam implantadas as Organizaçãoes Sociais (OS)?&rdquo, pergunta o presidente afirmando a opinião do Sindimed contrária, mas enfatizando que a PMA tem o poder.&ldquoA Prefeitura está a mais de um ano sem implantar e sucateando as urgências e quem está sofrendo com isto é a população&rdquo, disse, ressaltando que as OS não são novas como o prefeito João Alves vem colocando e não vai resolver o problema, não é a salvadora da assistência pública de saúde. &ldquoAs Organizações Sociais atualmente e comprovada pelos Tribunais de Contas são o maior descontrole do dinheiro público&rdquo, disse o presidente João Augusto.
O Conselho Regional de Medicina (CRM) através da sua presidente Rosa Amélia demonstrou o seu apoio à manifestação aos colegas médicos e ao Sindicado dos Médicos. &ldquoNós vivemos numa inconstância de abastecimento que gera uma desassistência. Nosso comparecimento aqui é para dar o apoio ao Sindimed&rdquo, disse Rosa Amélia, salientando que na tarde dessa segunda-feira, mais uma visita fiscalizadora foi feita na Unidade Nestor Piva e o relatório será enviado a Secretaria Municipal de Saúde para que as providências sejam tomadas.
Já o vice-presidente do Sindimed José Menezes, disse que o processo de sucateamento das UPAS começa pelo piso da Unidade e segue pela falta de medicamentos, escala de plantão, laboratório insuficiente, a falta de retaguarda, com pacientes internados por vários dias, chegando até a óbito por falta da assistência adequada que a Unidade não tem.
Após o ato público os médicos visitaram as instalações do Nestor Piva e realizaram uma assembleia.