A PMA instala caos na saúde municipal

Data de publicação: 18/06/2019

A PMA instala caos na saúde municipal

Avaliação da saúde pública municipal de Aracaju não está com boa nota na visão dos médicos; a constatação vem do diretor do Sindicato dos Médicos, Argemiro Macedo que fez uma explanação de alguns pontos, de modo explicativo no programa de rádio do Sindimed que foi ao ar nesta terça-feira, 18.

De acordo com o diretor “a situação da saúde pública de Aracaju está caótica”. No entendimento do médico a causa é a falta de sintonia entre os gestores em especial o prefeito Edvaldo Nogueira e a secretária de Saúde VanesKa Barboza. “Eles estão batendo a cabeça, não há planejamento, por isso o sofrimento da população”, coloca.

A recomposição salarial do especialista, ou seja, a tabela única para todos os médicos da PMA e também a reorganização do trabalho médico, são as pautas principais da categoria médica, e sempre foram do conhecimento do prefeito. Segundo Argemiro Macedo, desde a época em que Edvaldo Nogueira era candidato. “Entretanto, a falta de diálogo com os médicos, e mesmo arrogância por parte do prefeito e da secretária Vaneska, fizeram com que essa pauta não avançasse”.

Descaso

Na concepção do Sindicato, o maior descaso desta gestão (Edvaldo X VanesKa), aconteceu no serviço de urgência municipal, no atendimento infantil, quando o hospital Fernando Franco (Zona Sul) ficou fechado por meses. “Se não fosse a imprensa local, alguns vereadores, o Sindicato dos Médicos, o CRM e a própria população para mostrar, denunciar e fiscalizar, o serviço não teria sido reaberto”, lembra aqui a colaboração importante do Ministério Público Estadual.

Argemiro coloca que mesmo depois da reabertura, o serviço no hospital Zona Sul, continua um caos, por conta do aumento dos casos de virose, dengue, etc, quadro típico, vivido todos os anos; “mas nada que não resolva com um bom planejamento”, disse, salientando que tudo isto é de conhecimento da secretária e do prefeito. “A cada dia vai surgindo uma novidade e a prefeitura sem planejamento vai tentando apresentar solução que não agrada a população e que não resolve os problemas e lamentavelmente sem diálogo com os servidores”.

Barganha de Campanha

A Saúde é muito usada em discurso durante a campanha, como forma de reconstrução. “Nós queremos que reconstrua a saúde, mas respeite o time de servidores da saúde que são abnegados e trabalham a serviço da população de Aracaju há muito tempo”. O entrevistado também pontuou a ‘mega privatização’ do hospital Zona Norte, onde todo o serviço foi privatizado, e sem licitação. “O prefeito e a secretária entregaram o hospital a uma empresa pelo contrato de R$ 12 milhões por seis meses de trabalho. A PMA dizia que os números eram de R$ 300 mil do custo médico, e lamentavelmente cria uma situação desconfortável com a categoria dos médicos chamados de RPA, e hoje a PMA passou a gastar cerca de R$ 2 milhões por mês; por isso esse valor no contrato. Essa é a situação da saúde no município de Aracaju”.