SINDIMED COBRA REUNIÃO DE NEGOCIAÇÃO COM A PMA EM ATO PÚBLICO

Data de publicação: 21/08/2017

Os médicos da Rede Municipal de Aracaju, que estão paralisados hoje e amanhã, dão inicio a campanha salarial 2017, com um ato público nesta segunda-feira, 21, em frente ao Centro Administrativo da Prefeitura . A decisão partiu em assembleia no dia 15, quando não houve avanço nas negociações com a Prefeitura Municipal de Aracaju (PMA). Eles cobram o reajuste salarial que deveria ter sido anunciado pelo Prefeito Edvaldo Nogueira em abril, data base da categoria, além das condições de trabalhos nas Unidades Básicas de Saúde (UBS).

No ano passado, os servidores municipais com muita luta conseguiram colocar no Estatuto do Servidor a data base para o reajustes salariais sendo o mês de abril. Já se passaram quatro meses, e, o prefeito não sinalizou nada. De acordo com o presidente João Augusto, "A lei aprovada ano passado, também diz que a revisão da data base tem que ser anual; e os médicos, assim como os demais servidores municipais estão pedindo apenas a recomposição da inflação do ano passado que gira em torno de 4%, para repor parte das perdas salariais", disse João Augusto, esclarecendo "que não é efetivamente os que os médicos queriam, mas foi o que conseguimos convencer nas assembleia, diante da defasagem salarial que existe, visto que ainda está a baixo dos reajustes que os bens e serviços sofreram, ficando na casa de 10%".

Condições de Trabalho

A Campanha Salarial, não visa somente o reajuste, mas também as condições de trabalho para que os médicos possam desempenhar as suas funções. O vice-presidente do Sindimed José Menezes, lembrou em sua fala, que neste item, perpassa também por uma maior observação e revisão do gestor municipal. "Precisamos ter agilidade na marcação de exames, com um tempo menor, nas Unidades de Saúde faltam receituário, medicamentos, mesas e cadeiras tanto para o profissional como para o paciente - o usuário do Sistema Único de Saúde (SUS), além de ar condicionados e outros equipamentos", disse salientando que o prefeito Edvaldo Nogueira tem que consertar esse problema.

Reunião

Os médicos assim que deliberaram em assembleia pela paralisação de advertência por 48 horas, enviaram ofício não só ao Prefeito Edvaldo Nogueira e seus assessores, como também enviaram cópia ao Ministério Público Estadual (MPE), Tribunal de Justiça (TJ/SE), Tribunal de Contas do Estado (TCE), comunicando a deliberação da categoria e solicitando uma outra reunião com o Gestor Municipal para discutir o assunto; já que na reunião passada, o prefeito Edvaldo não compareceu e enviou assessores, mas sem poder de decisão. Essa reunião está marcada para às 15 horas, desta segunda-feira, na Secretaria Municipal de Saúde (SMS).

Apoio

A categoria médica, recebeu o apoio do vereador Isaac Silveira - que é do mesmo partido do prefeito Edvaldo Nogueira - que esteve presente no ato público e se disponibilizou a intermediar e a reforçar para que o prefeito compareça à reunião desta tarde com os médicos. Ele também ressaltou a necessidade de uma mesa de negociação permanente, mas com decisões deliberativas. "Difícil iniciar uma gestão, sem começar também criando uma mesa mesa de negociação, ou mesas de negociações, para estabelecer essa política salarial Se na apresentação do secretario Jefferson Passos na Câmara, estabelecendo uma previsão de crescimento na receita, e já há este crescimento, é possível estabelecer um reajuste" disse, salientando que reajuste das perdas salariais não é negociável, ou seja, os trabalhadores não vão negociar se vai ter ou não as perdas salariais, porque é uma exigência constitucional e está no Estatuto do Servidor Municipal

Assembleia

Amanhã, teça -feira, 22, os médicos voltam a se reunir em assembleia na sede do Sindicato dos Médicos, com o intuito de avaliar a reunião na tarde desta segunda-feira, com a cúpula da PMA, além da suspensão ou manutenção da paralisação.