SINDIMED ESCLARECE INVERDADES DITAS PELA PMA, NA TRIBUNA LIVRE DA CÂMARA

Data de publicação: 11/04/2017

Na sessão especial desta terça-feira, 11, da câmara Municipal proposta pelo vereador Fábio Meireles, para discutir a greve dos médicos de Aracaju, o Sindimed esteve representado pelo presidente João Augusto que subiu à tribuna para mais uma vez desmentir as inverdades postas pela Prefeitura Municipal com a finalidade de detonar a categoria médica.

O debate se deu a cerca do Sindimed e dos representantes do Conselho Municipal de saúde que estava representado por três dos seus membros; Augusto Couto e as conselheiras Núbia e Anselmo.

Em sua fala, o presidente João Augusto afirmou que a PMA optou a seguir baseada em mentiras e que assim como ele, tem muito médico que só tem um único vinculo, sem trabalho particular diferente como é posto em fala pelo secretário de Saúde.

“No dia 7 de abril, a PMA lança mais mentiras – em contrapartida o Sindimed segue só desmentindo. O fato é que os médicos não receberam o salário de dezembro/2016; médicos em greve não aderiram ao empréstimo e o terceiro ponto, outra mentira vem por via da lista anexada à documentação que foi enviada ao poder judiciário nomeando os médicos – muitos deles da diretoria do Sindimed, bem como médicos aposentados que estão em greve”, coloca.

O presidente revelou alguns nomes de médicos como no caso dos diretores Sindicais Luiz Carlos Spina, José Helton e Bruno Góis que estão na lista como médicos que não estão em greve. “Isso é uma inverdade, pois Luiz Carlos Spina, estava em plena reunião neste dia 7, com o desembargador; tem também o nome de José Helton que concede entrevista sobre a greve, tem médicos aposentados, que não trabalham mais na PMA, entre outros como se todos estivessem trabalhando, sem está em greve”, aborda João, salientando que são tantas mentiras colocadas em documentos, que a Prefeitura se perde. “vai ter que existir uma relação pós-greve com a Prefeitura de Aracaju, porque o Sistema único de Saúde (SUS) vai continuar, mas baseada em mentiras fica uma relação desgastada porque perde a confiança”.

Adesão

João Augusto ainda lembra que a PMA coloca na mídia que mais de 70% dos médicos aderiram ao empréstimo; São 200 que não aderiram no universo de 426. “Toda vez essa informação é alterada com a troca de percentual, entre 50%, 60% e 70%, sem eles mesmos saber o quanto é. E o que é pior é que essas informações são passadas em todas as mídias sem eles saber qual a melhor mentira para o momento”, frisa, salientando que é lamentável que existem conselheiros que não sabem o que estão dizendo, pois eles têm a mesma informação que foi colocada no Conselho, a informação que foi da justiça, porque o Sindicato não tem acesso. "Vim aqui dizer que 70% dos médicos estão com dinheiro completo no bolso é triste", frisa o presidente, lamentando mais uma vez a manipulação por parte do controle social.

Números

Sindimed continua a rebater os fatos colocados. João Augusto lembra que foi aprovado pela Câmara de vereadores um Projeto de Lei, uma concessão de abono e não um projeto de parcelamento de salário. "O Sindicato lutou muito para que fosse aprovado no máximo em quatro, mas mesmo com a reunião de vereadores foi pedido para deixar em cinco, o que foi aceito pelos médicos que estavam com a finalidade de encerrar à greve, mas não foi possível, ficando o projeto original - que diga-se de passagem a PMA quase perdia na votação", coloca João, ressaltando que os médicos abriram mão desse abono e não sabe porque a Prefeitura quer pagar 25% a mais para os bancos, qual o interesse?

Ele lembra que a folha total dos estatutários, dos 426, está em torno de R$ 1 milhão e 300 mil, enquanto em 280 RPA's, a folha chega a R$ 2 milhões de reais.

Depoimentos

Dentre os vereadores que se posicionaram à favor de uma solução para o impasse foram muitos. Eles reconhecem que à população precisa ter de volta o atendimento, mas também sabem que os médicos não receberam o salário de dezembro e precisam receber.

É unanime na opinião dos vereadores Américo de Deus, Iran Barbosa, Lucas Aribé, Emília Correia, Elber Batalha, e outros que se existe um culpado pela greve, esse culpado não são os médicos, mas sim a Prefeitura Municipal de Aracaju que não pagou os médicos o mês de dezembro e pulou pagando janeiro, fevereiro e março para usar como desculpa que está em dia com o servidor municipal. "Se existe intransigência, não é por falta dos médicos, prova isto foi a posição da Prefeitura em não querer uma reunião de conciliação proposta pela Justiça", frisam os vereadores.

Assembleia

Os médicos voltam a se reunir em assembleia na manhã desta quarta-feira, 12, às 8 horas na sede do Sindimed para tomar os novos rumos do movimento grevista.