E A GREVE CONTINUA...

Data de publicação: 22/03/2017

Hoje é dia 22 de Março. 


A greve faz 2 meses e 1 dia. 


E também tem 2 meses e 1 dia sem nenhuma reunião de negociação com o prefeito Edvaldo Nogueira para tentar por um fim a greve.

No último dia 17 de março em pleno feriado conseguimos através de um ato público entregar a proposta dos médicos diretamente ao prefeito e o mesmo disse que iria nos receber.

Já estamos na quarta, dia 22, e nenhuma reunião aconteceu.

Hoje a noite tem assembléia dos médicos e já dá para prever que vai haver continuidade da greve.

O secretário André Sotero ontem em entrevista na TV Atalaia disse que a prefeitura vai ingressar com o pedido de ilegalidade da greve pois já teve diversas reuniões e tentativas de explicação não aceitas pelos médicos.

Aí vem a pergunta:

QUANDO TEVE ESSAS REUNIÕES?

COM QUAL SINDICATO DOS MÉDICOS ELES SE REUNIRAM PARA AFIRMAREM QUE TEVE DIVERSAS REUNIÕES?

A SOCIEDADE ESTÁ ACOMPANHANDO.

SERÁ QUE O JUDICIÁRIO TAMBÉM ESTÁ ACOMPANHANDO OU ELES (DESEMBARGADORES) VÃO JULGAR OUVINDO APENAS A PREFEITURA?

SERIA INTERESSANTE ANTES DO DESEMBARGADOR DECIDIR CHAMAR AS DUAS PARTES E MEDIAR COMO EXISTE NA JUSTIÇA DO TRABALHO QUANDO EXISTE O DISSIDIO TRABALHISTA, POIS VAMOS AOS FATOS:

1) Prefeitura não pagou o salário de dezembro que está com atraso de 2 meses e 22 dias.

2) A última reunião entre o sindicato e o prefeito foi dia 20 de janeiro.

3) O sindicato manteve em atividade 50% ou mais nos serviços de urgência e emergência, onde o preconizado é de apenas 30%, ou seja, foi mantido acima do mínimo preconizado.

4) Houve diversas tentativas e pedidos por parte do sindicato em marcar reunião com o prefeito para negociarmos e até o presente momento não fomos recebidos pelo prefeito.

5) Os médicos já cederam nas propostas.

6) A prefeitura não cedeu em nada e nem sequer se reuniu com o sindicato.

7) A prefeitura tem dinheiro conforme notícias divulgadas pela própria prefeitura.

Se realmente a prefeitura ingressou na justiça pedindo a ilegalidade, gostaria de entender com base em quê algum desembargador pode decidir que atraso salarial é legal e lutar pelo salário atrasado é ilegal.

Vale ressaltar que o próprio Supremo Tribunal Federal já decidiu que greve por atraso salarial é legal e não pode ter o salário cortado.