NOTA DE ESCLARECIMENTO SOBRE A GREVE DOS MÉDICOS DE ARACAJU

Data de publicação: 22/02/2017

O Sindicato dos Médicos do Estado de Sergipe - SINDIMED -, vem a público informar que em assembléia realizada na tarde de ontem, dia 21 de fevereiro de 2017, os MÉDICOS SERVIDORES MUNICIPAIS de Aracaju, deliberaram pela continuidade da greve, por entenderem que é de tamanha agressão ao direito do trabalhador, o prefeito Edvaldo Nogueira querer impor aos médicos que para receber o salário atrasado de dezembro só poderá ser em 12 parcelas ( sendo a primeira parcela a ser paga no final de março ) ou caso não concordem peguem um empréstimo pessoal no valor equivalente ao salário.
Os médicos não vão recuar na defesa do nosso maior direito enquanto trabalhador: RECEBER O NOSSO SALÁRIO. E nem tampouco aderir a imoralidade proposta pelo prefeito Edvaldo Nogueira em que o próprio trabalhador pegaria um empréstimo bancário consignado pessoal no lugar da prefeitura para pagar seu próprio salário.
Prezamos muito pelo bem estar da população, infelizmente o prefeito Edvaldo Nogueira parece que não. Ele teve a oportunidade de pagar em 5 parcelas mas mesmo assim recusou. Quando vai se dar o retorno das atividades médicas? Não sabemos!Reiteramos nosso compromisso e ética para com os usuários do SUS, os quais vêm sofrendo por causa dessa atitude do prefeito Edvaldo Nogueira. O nosso maior objetivo é voltar a atender a população através de consultas e demais procedimentos de saúde. Mas infelizmente (ou felizmente) também somos seres humanos, com família, dívidas, angústias e sofrimentos.
O SINDIMED já denunciou aos órgãos fiscalizadores (Ministério Público e Tribunal de Contas) que até o presente momento nada fez. O SINDIMED já ingressou com ação judicial para garantir o DIREITO LEGÍTIMO de recebimento dos salários e até agora não foi julgado.
O SINDIMED tentou abrir um processo de negociação com o prefeito Edvaldo Nogueira que negou qualquer possibilidade de negociação com a classe médica.
Afirmamos que a atitude do prefeito Edvaldo Nogueira constitui uma das principais formas de violação dos direitos dos trabalhadores. Os médicos não estão em greve pelo simples fato de não quererem trabalhar, mas sim, porque não aceitaram a imposição da Prefeitura em obriga-los e coagi-los a pegarem um empréstimo consignado para pagar seu próprio salário ou receber parcelado em 12 vezes o seu salário - o maior bem do trabalhador - que é considerado pela Constituição Federal como verba de caráter alimentar e por isso não pode ser parcelado.
Por estas razões, os médicos mantiveram a sua posição de continuidade da greve contrária não apenas a postura do prefeito Edvaldo Nogueira, mas também a dos 12 vereadores que votaram a favor do salário parcelado em 12 vezes, salário este que já está atrasado há quase dois meses.
Com isso, vimos esclarecer a população sobre a verdade dos fatos assim como dizer ao prefeito Edvaldo Nogueira que respeite a classe médica, nos receba efetivamente em uma reunião de negociação para que possamos receber o que nos é de direito, NOSSO SALÁRIO, e possamos finalizar essa greve para fazer o que mais gostamos e para o qual dedicamos milhares de horas e anos de estudos para aprender: CUIDAR DAS PESSOAS ATRAVÉS DA MEDICINA.